sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Salão Duas Rodas




Tenho notado que nestes últimos cinco ou seis anos, tudo que é evento tem uma pista de autorama. Buffet de aniversário infantil, tem. Evento em Interlagos, tem. Salão de duas ou quatro rodas, também tem. Este da foto eu encontrei no atual Salão Duas Rodas no Anhembi - SP (outubro de 2009). Realmente não teria nada a ver num evento especializado em motos, bicis e quadris, colocar um autorama de rally ou fórmula 1. O tema tinha que ser motocicletas, mas o resultado não foi muito bom. Para esconder a mecânica, os idealizadores criaram uma base retangular que mais parecia pedestal de estátua pública e colocaram por cima modelos toscos de competição que pareciam comprados em feira livre. O acabamento era pobre; sem sticks, número, patrocinio nem mesmo o piloto, dando ao participante a curiosa sensação de ser uma corrida entre fantasmas! Este eu pulei.



A associação de slot car e motocicletas vem de longe e nunca se chegou a uma fórmula satisfatória. Enquanto os carros de autorama em suas derrapagens se assemelham a uma saida de traseira comuns em carros de competição, as pequenas motos nunca puderam se inclinar, caracteristica intrínseca nas competições 1:1. No antigo Derby Rama e demais versões de corridas de cavalo e charrete, a semelhança foi muito mais acurada que nas motos. Na versão nacional da Estrela, as pernas dos cavalos inclusive se articulacam simulando o trote do animal.




Na escala HO, desde a década de 60 que as maiores fabricantes tem versões de motocicletas. A Aurora lançou em 1967 a Thunderbike. Esta pequena moto se mantinha em pé devido a uma roda dupla na traseira (que não comprometia muito o visual pois parecia os atuais largos pneus usados nas custom) e pequenas aletas laterais que serviam de suporte para os contatos (também não comprometia muito o visual pois simulavam o local onde o motociclista apoia o pé).









Já a Tyco aprimorou o sistema acrescentando um imã que mantinha a moto grudada à pista, e um motor mais potente possibilitando uma velocidade nas retas semelhante aos carrinhos. Alguns sets foram lançados com motos tipo Cross e rampas de salto para serem encaixadas nas pistas. Eu já esperimentei isso e achei bem divertido testar até que distância conseguimos saltar e cair na fenda direitinho.




A Scalextric achou na escala 1:32 uma solução interessante: sidecar. Esta categoria, muito comum na Europa com sua imagem associada imediatamente à Ilha de Man e suas perigosas curvas, se adapta perfeitamente à mecânica de slot cars.




Hoje as motos de grande premio tem suas versões para autorama; mas a dirigibilidade é crítica. O equilíbrio do modelo é feito por deslizadores laterais que atritam com a pista. O maior interesse a meu ver é na perfeição dos detalhes e na possibilidade de andarmos rápido em linha reta (antes de nos esborrachar na primeira curva).


Houve outras tentativas de trazer para o slot categorias diversas como o Snowmobile que além da pista branca tinha lombadas para simular morrinhos cobertos de gelo.




O set Micro Scalextric dos Simpsons simula uma disputa de skate entre Bart e Romer. Tem até a simulação de um half! A Tomy ainda lançou a horripilante série Power Range que conta com a bizarra versão slot de King Sphinx. Argh....


Nenhum comentário:

Postar um comentário