Fazer uma peregrinação à cidade sagrada de Meca, pelo menos uma vez na vida, é considerada uma obrigação de todo o muçulmano. Eu como sou fanático por esporte a motor, fiz minha lista de todos os lugares sagrados que preciso visitar pelo menos uma vez na vida: Indianápolis, Monza, Daytona, Monaco, entre outras 20 ou 30 direções. Percebi que nesta lista havia um que estava bem perto daqui, o Museu do Fangio em Balcarce na Argentina.
Este Museu, implantado com auxílio da Mercedes num edifício de 1906, com sua fachada totalmente restaurada e internamente com 5.000 metros quadrados de exposição, na cidade onde Juan Manuel Fangio nasceu e iniciou seus primeiros contatos com o automobilismo, foi meu primeiro alvo.
Como estaria em Buenos Aires no início de 2009, inclusive para ver a largada do Dakar - Argentina - Chile, tratei de alugar uma Honda Transalp pela internet e planejar minha viagem.
Saí pela Autoestrada Buenos Aires - La Plata, para depois pegar a Autoestrada Buenos Aires - Mar del Plata, conhecida como Ruta 2. A moto comeu a ótima estrada a 7000 giros, numa média de 160 km/h com todo conforto. Algumas paradas para café com "media-lunas", pedágios e cerca de 400 km depois chego em Coronel Vidal onde preciso pegar a Ruta 55 que me levará diretamente a Balcarce. Neste local já se anuncia meu destino: veja foto abaixo!
Nos cerca de 50 Km finais até meu destino, a média caiu bastante; o vento lateral era tão forte que para manter a trajetória me via obrigado a andar com a moto inclinada cerca de 15°. O problema maior era quando cruzava um onibus ou caminhão, raros na verdade, mas me obrigavam a fortes compensações pois eles cortavam o vento por momentos.
A chegada em Balcarce debaixo de intenso calor aumentou minha ansiedade. Check-in no hotel, banho para abaixar a adrenalina, comprar mais memória para as fotos, um lanche no Fangio Sport Café e vamos conhecer o Museu. Acompanhe nos próximos posts os carros e objetos que mais me emocionaram nesta primeira peregrinação!
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